quinta-feira, junho 10, 2010

pseudônimos.

tudo era. de mãos dadas eu pude pegar flores cor-de-roxo pra você colocar pra secar dentro de livros que dividíamos lendo uma para a outra.
e se acabou.
tudo quando era um sonho colorido, tinha flores, tinha risos. tinha eu e tinha você.
mas não é mais;
não sei o que devo escrever, se devo dizer, se devo sequer lembrar que eu estava lá.
por que teve que ser como um parto? era um pedaço do meu estômago sendo arrancado por um monte de garras quentes e cruéis.
e até hoje eu choro. até hoje eu lembro.

mas não. melhor é enterrar tudo debaixo da parte de cima que pulsa.
esqueço mas não te deixo.

( é amor, e essa coisa que dói e perdura. bom mesmo é se não fosse porra nenhuma. )

sábado, janeiro 30, 2010

(segunda-feira calada e faminta)

eu vejo que as coisas que estão passando, me chamam pra sair e viver.
e a tua nuca queimada de sol, a mão passando apressada pelas chaves.
um molho. e eu me molho no bebedouro dos beija-flores, para acalmar a dor e dar um nó naquilo que está preso e que está me fazendo chorar.

e eu vendo os passantes e a tua nuca.
te pego pela mão e hoje só vai ter fim, quando amanhã chegar.
eu falo latim, mas meu gesto te fará entender...

e são sussurros e sorrisos

até nos afundarmos no sofá do teu quarto
sem lençol às sete de terça.

perguntinha

" como seria o amor entre duas esperanças? "

paixões, contratos e encontros

talvez eu saiba de onde saíram as rosas.
talvez,elas tenham saído da sua boca quando você disse que ia ficar um pouco mais.

só sei, que ficou um rastro lindo pelo chão.
meio rosado, meio vermelho.
paixão horária e colorida.
talvez eu recolha as rosas e as coloque num jarro.
mas talvez, eu deixe no corredor para sempre.

pois toda vez que atravessar a porta eu vou lembrar:
que quando tu falavas, saltavam rosas brancas da sua boca
e quando você me beijava nasciam borboletas no meu estômago.

( 27/06/07)

quarta-feira, janeiro 27, 2010

relacionamentos


o pior é que parece que foi uma vida inteira
que tá aqui do lado
parece um filme que passa quando a gente fecha os olhos.
e dói que não tem fim.
mas do começo a gente lembra, aí dói mais um pouquinho.

terça-feira, janeiro 19, 2010

fronteiras.

pra você, a beleza veio sem limites.

quinta-feira, janeiro 14, 2010

verão passado

31 prédios ao meu redor. clausura concreta e cinza. as luzes acendem e apagam na chegada de corpos outros.
o corpo.
parte flagelada de um sentimento praticamente solitário.
sabedoria mórmon.
reza, aclamação.
catar os pedaços para ser um tipo de ser humano normal. sentimento avulso.
palavras não ditas e continuar dormindo no seu seio ouvindo música lenta.
distribua seu corpo sobre o meu e depois nunca mais.

vá simbora.

sábado, dezembro 26, 2009

abismos aquosos


(do abismo absurdo de onde eu vim, sempre vou voltar.)


não deixar escapar os caprichos bobos de um coração débil. desejos medíocres são ignorados e tudo se aprende a domesticar. a sensação é lenta e a vida é bem menos quente e colorida, mas tá dando pra aguentar, tá dando pra viver sem.


silêncio para voltar.

quase um luto, parece uma piada sárcastica de sua própria passageira estada. minutos de algumas alegrias, sonhos, lágrimas e aniversários, pequenas experiências que chamamos de " a nossa vida ".


é mais que curta, quando viu, já se acabou.

quarta-feira, dezembro 23, 2009

porções

como restaurar aquilo que dentro de mim está em mil pedaços. (?)